quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Mundos distantes.

Ás vezes me pego pensando que há algo de errado comigo, que as pessoas olham para mim e seria como se estivessem sugando-me de uma forma estranha. Toda minha vida, eu fui uma pessoa alegre entre aspas para todos aqueles que estavam e ainda estão à minha volta. Mas, eu me sentia como um balão cheio de ar, onde eu mesmo pegava uma agulha e estourava-lhe. Parecia uma camuflagem, aliás, era. Ultimamente essa minha real forma de pensar acabou, adeus ao velho mundo de esconderijos e mentiras, agora abra à porta e entre em outra sala e faça tudo outra vez. Realmente isto aconteceu. Eu tento de várias maneiras esquecer meu passado de burrices, falhas e outros sentimentos que não consigo explicar. Impossível. Levo em consideração fatos nem tanto relevantes no meu dia-a-dia, e sempre acho que há algo errado. Talvez exista sim um lado machucado pelo qual não consigo curar. E no entanto, o que sempre dizem que é só questão de tempo, como? Existe uma questão do tempo? O que me parece é que esse tempo só tem me dado respostas...
             




                                                                                                     Cris Santos

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Como escrevo quando escrevo...

Palavras, frases, versos, rimas, enquanto escrevo um turbilhão de idéias e palavras a vulso surgem em minha cabeça. Tento uni-las, desuni-las, por em um contexto, mas na maioria das vezes nada.
Mas não preciso, o que sinto necessidade é apenas de escrever, quando estou triste os textos são tristes, quando estou bem os textos me acompanham e quando estou feliz saem músicas.
Mas na maioria das vezes essa união de pensamentos não faz sentido. Mas o que importa quem vão lê-los?
O meu melhor amigo é o papel e a caneta, eles me “escutam” perfeitamente e nunca reclamam de serem amassados nos meus surtos de raiva.
Enquanto escrevo não preciso explicar o porquê eu sinto, o papel se satisfaz em “ouvir” o que eu estou disposta a contar.
Um momento de puro transe, uma vibe de calma envolve meus pensamentos, pelo simples fato de eu poder expressa-los, e ele nunca vai te dar uma “bronca” se pensar algo errado.
Fecho os olhos, cruzo as pernas, sento-me ao chão com as mãos fechadas, segurando a cabeça e os cotovelos encostado-se ao joelho... Pronto, não tem como o pensamento sair, dessa vez.
Finalmente da escuridão dos meus olhos começam a surgir palavras e às vezes ousam a surgir frases. Mas ainda sim não fazem sentido algum pra mim. Quando percebo minha testa já esta até dolorida de tão tensa que minhas sombracelhas se encontram, os óculos que antes estavam no rosto, já se encontram usado com tiara prendendo os cabelos que implicam com os meus olhos, os olhos que antes fechados está fitando um ponto na parede, um ponto fixo... E assim passam minutos.
Encontro dentro dessa confusão de idéias, palavras, loucuras... Um significado, a palavra-chave. Ponho-a como tema, e só começo aceitar as frases que sejam semelhantes a esse tema.
Entre rabiscos, escrita não lida, erros de português, letras entrelaçadas começa a criar um sentido, um sentido ainda sem sentido, mas passou a ter um foco. As pernas se descruzam, torna-se a cruzar, o cabelo que ainda briga com olhos, resolveu brincar de me fazer rir acariciando as minhas costas, a mão que não escreve repreende o cabelo, e começa a coçar os braços, pernas, costas, nariz, cabeça, mesmo que não estejam coçando.
A única coisa que não pode ocorrer é interrupção, pois por mais mínima que seja o pensamento escapole e começa se atropelar, as coisas passam a não ter sentido o tema muda.
Mas pêra ai? Qual era o tema desse texto? Ah, como escrevo quando escrevo, esse como me faz ter dúvidas, será que eu descrevo como eu escrevo ou como eu gostaria que estivesse escrevendo? E nessa confusão toda eu acho o meu tão procurado “como”,
Sou essa fusão de trejeitos e teorias. Segura, brincalhona, contraditória, sensível, que ri que chora, eu só sei ser eu, neurótica, ansiosa, nervosa, teimosa, bagunceira, alegre, risonha mesmo assim quase centrada, mas sempre objetiva.
Tudo em um mix, em um corpo imerso em desejos, vontades, urgências, dúvidas e sonhos. Eu aspiro um ar com um vento de zumbido brincalhão, que possa tentar tirar o peso de um mundo acusador de minhas costas.
 Ufa cansei de escrever, até (:                                   Cris Santos

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Parecia difícil...

Naquele dia parecia difícil, parecia que nada mais faria sentido a partir daquele momento. A partir daquela última lágrima jurei para a única parte do corpo que ainda parecia viva que nunca mais moveria um músculo da minha face para chorar por outro alguém. 
Parecia que seria difícil não ter alguma motivação, uma mola propulsora para meus atos minha atitudes e meu pensamento, parecia difícil esquecer alguém que teimava em não ser esquecido, um alguém que as lembranças gritavam e faziam o sangue pulsar de uma forma descontrolável e inigualável. Enquanto minha consciência brigava com minha insanidade eu tentava me encontrar dentro disso. Tentava encontrar a menina que um dia existiu no meio disso tudo. 
Por mais que estivesse fora dos meus atos e controles eu sabia que a menina ainda estava ali, suplicando para que retornasse, para que assumisse mais uma vez o controle, ela queria sorrir de novo. Parecia difícil a ingenuidade perene dos olhos da menina voltar, o porquê da vontade do seu retorno ainda não era nítido. 
Mesmo parecendo difícil, mesmo tudo e todos lutando contra, a menina de meus olhos era forte, forte demais, forte ao ponto de pisar nas lembranças e lutar para que sua alegria retornasse. Ela procurava uma motivação. 
E a encontrou na simplicidade, lá foi onde ela achou a vitalidade, a vida e tudo de magnífico que há nela a motivou, e a incentivou a viver, a ‘criar um novo final’ para sua historia. 
Parecia difícil porque eu queria que fosse difícil, aceitei que poderia ser possível passou a ser. 
Tudo é possível a partir da perspectiva e vontade que é visto. 


     
                                                                                                                                              Cris Santos

domingo, 7 de novembro de 2010

Aprendi..

que amores eternos podem acabar em uma noite, que grandes amigos podem se tornar grandes inimigos, que o amor sozinho não tem a força que imaginei, que ouvir os outros é o melhor remédio e o pior veneno, que a gente nunca conhece uma pessoa de verdade, afinal, gastamos uma vida inteira para conhecer a nós mesmos, que os poucos amigos que te apóiam na queda, são muito mais fortes do que os muitos que te empurram, que o "nunca mais" nunca se cumpre, que o "para sempre" sempre acaba, que minha família com suas mil diferenças, está sempre aqui quando eu preciso, que ainda não inventaram nada melhor do que colo de mãe desde que o mundo é mundo, que vou sempre me surpreender, seja com os outros ou comigo, que vou cair e levantar milhões de vezes, e ainda não vou ter aprendido tudo.
            


                                                                                                                          Cris Santos

Chata!

incrível como o humor de uma pessoa pode mudar de uma hora para outra.
então, ia escrever tudo o que sinto mas sem usar o primeira pessoa do singular, eu.
mas to cansada de querer solucionar os meus problemas escrevendo coias bonitas que os outros irão ler, e jamais saberão que falo de mim mesma.
é chato saber que nada vai mudar na vida de ninguém com as coisas que eu escrevo.
também, querer ajudar alguém solucionando o próprio problema é querer de mais não é?
ignorância minha achar que todo mundo vai ler e se identificar.
infantilidade querer que todos notem tudo, com apenas meias palavras.
talvez se eu tentasse ser direta, mas não, a completa sinceridade as vezes machuca.
é preciso sim, esconder-me por instantes pra deixar que tudo se resolva.mas que droga! resolver o que? Por que não vive e esquece as coisas bobas? Por que não dá chance para aqueles que te dão brechas? Por que querer sempre o que não pode. raios!por que tentar sempre o impossível? Pra que estragar tudo com nada? Por que gostar tanto do gosto da liberdade, se não posso te-la? E pra que tanta dúvida?




                                                                                               Cris Santos

A vida me ensinou..


a dizer adeus às pessoas que amo, sem tira-las do meu coração. Sorrir às pessoas que não gostam de mim, para mostra-las que sou diferente do que elas pensam. Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade, para que eu possa acreditar que tudo vai mudar. Calar-me para ouvir, aprender com meus erros, afinal eu posso ser sempre melhor.
A lutar contra as injustiças. Sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo. A ser forte quando os que amo estão com problemas. Ser carinhosa com todos que precisam do meu carinho. Ouvir a todos que só precisam desabafar. Amar aos que me machucam ou querem fazer de mim depósito de suas frustrações e desafetos. Perdoar incondicionalmente, pois já precisei desse perdão. Amar incondicionalmente, pois também preciso desse amor. A alegrar a quem precisa. A pedir perdão. A sonhar acordada. A acordar para a realidade. A aproveitar cada instante de felicidade. A chorar de saudade sem vergonha de demonstrar. Me ensinou a ter olhos para “ver o brilho das  estrelas”, embora nem sempre consiga entendê-las. A ver o encanto do pôr-do-sol. A sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar tudo o que é importante para a felicidade do meu ser. A abrir minhas janelas para o amor. A não temer o futuro. Me ensinou e esta me ensinando a aproveitar o presente, como um presente que da vida recebi, e usá-lo como um diamante que eu mesma tenha que lapidar, lhe dando forma da maneira que eu escolher.




                                                                                            Cris Santos

Prosseguir

Sinto dentro de mim uma urgente necessidade de novamente renascer para a vida.
Por um instante, eu sonhei além do que eu podia. Por um instante, eu pensei que havia chegado no sonho mais almejado. Mas, novamente, percebi que a felicidade ainda não chegou à minha estrada.
No entanto, no desenrolar das entrelinhas da vida, as lágrimas precisam se transmutar em prismas de arco-íris.
Onde conseguirei achar forças?
Ainda não sei…só sei que sigo. Sigo a bússola de uma força magistral, que dentro de mim me convida a sempre seguir, ir em frente, ir em frente, ir em frente...


 
                                                                                                               Cris Santos

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Finais felizes existem?

  Concerta não, todo final é ruim e trágico, até mesmo quando seu sorvete está acabando, mesmo quando seu melhor amigo está a deslocar para outro país, e exatamente quando o seu amor for embora.
  Finais felizes não existem, mas isso não significa que você possa ser infeliz. Viva como se fosse o ultimo dia da sua vida, viva para fazer história, viva intensamente sem se preocupar com absolutamente nada.
  A cada momento nunca pense em desistir, nunca pense na palavra pense e sim aja com pura definição.    
                

                                                                                                       Cris Santos